sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Caetano e Gil & Mautner, numa mesma tecla

Falso Leblon (Caetano Veloso)

Ecstasy, bala, balada
E me chama depois
Pra dar uma e dar dois
Ela é que causa, é que explana
E que acende os faróis

Mas o meu samba transcende
E apaga as pegadas
Que ela quer deixar
Falso Leblon, Big Brother
Tou fora do ar

Ai, amor
Chuva num canto de praia no fim da manhã
E depois de amanhã?

O que faremos do Rio
Quando, enriquecendo,
Passarmos a dar
As cartas, as corrdenadas
De um mundo melhor

Quanta tristeza guardada
Na cara da moça
Bonita que dói
Francisco Alves, Seu Jorge, os Hermanos
Já foi

Ai, amor
Chuva num canto de praia no fim da manhã
E depois de amanhã?

Drogas, tou fora
Tá foda
E agora vambora
Nem vinho tomei
Me sinto muito sozinho
E ela é a lei

Odeio a vã cocaína
Mas amo a menina
E olho pro céu
Ela se engancha por cima
De mim: quem sou eu?



Coisa Assassina (Gil e Jorge Mautner)

Se tá tudo dominado pelo amor
Então tá tudo bem, agora
Se tá tudo dominado, quer dizer, drogado
Então vai tudo pro além
Antes da hora

Maldita seja essa coisa assassina
Que se vende em quase toda esquina
E que passa por crença, ideologia, cultura, esporte
E no entanto é só doença,
Monotonia da loucura e morte




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