Os melhores presentes que ganhamos na vida não são os comprados especialmente para nós, mas os que vêm sem que os peçamos, sem data comemorativa, sem nada. Aparecem do nada. E simbolizam alguma coisa ou mantêm viva a memória de alguém. Como os que eu recebia da vovó, sem planejamento. "Vó, que broche bonito, esse seu!" Num minuto, ela tirava o broche da blusa e, no segundo seguinte, ele já era meu. Eu nem ousava recusar; meus olhos brilhavam...
Ontem ganhei, desse modo, uma cadeirinha de praia listradinha nas cores infernais de um verão que já está no fim. Achei as cores bonitinhas mas, ainda que não fossem, já fica sendo a cadeira mais significante dentre todas. Foi e quis ser a cadeirinha de praia de um citizen que foi e quis ser carioca e, acima de tudo, brasileiro. Ele tentou e, em certa medida, conseguiu. A cadeirinha vai ficar sempre comigo e, para sempre, mesmo que rasgue, vai simbolizar a carioquice gringa do meu querido Joe! Falar português, que é bom, até hoje nada...mas a brasileirice, essa ele já "pescou". (Olhe que deu até "rima"...)
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