quinta-feira, 30 de abril de 2009

Voltarei a ver chover na minha rainland. Desde já está chovendo. Posso ver minúsculas flores brancas se abrindo de par em par e agora mesmo, de onde estou, sinto o vento gelado nas costas, rodeando-me a cabeça, como um presságio. Vem me dizer que aquilo não é meu, que não o possuo, mas que, todavia, sou bem-vinda, e que para cada pingo sempre haverá um telhado, um toldo, um passarinho, um canteiro com sede ou uma cabeça como a minha. Sinto frio, sinto arrepio e tenho medo da saudade, medo até da saudade que ainda virei a sentir, mas é para isso também que se vive. Meu coração está de olho numa ponte, num rio enorme, na névoa fina, e saudoso daqueles que esperam pelos dias de sol, loucos para deixar à mostra braços e pernas.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Indiscreta pergunta

se o inferno está cheio de boas intenções

estaria o céu repleto das más?