segunda-feira, 15 de agosto de 2011






Entardecer e amanhecer no Saco do Mamanguá


Água, mar, um berçário marinho (seu manguezal localizado ao fundo, o mais conservado da Baía da Ilha Grande), e 33 pequenas praias que se unem por costões rochosos, num paraíso de 9 km de extensão compactado em área de preservação permanente... mas essa descrição nem de longe define a beleza do Mamanguá. Um lugar sem luz elétrica: a certa hora da noite, depois que se desligam os geradores, o fiorde mergulha num breu completo. Na beira da praia só vê a silhueta escura das montanhas; o único som é o das águas mansinhas. Um quadro divino. Mas, pelos diabos, o que leva alguém a construir uma mansão portentosa, com pier, heliponto, praia particular e toda sorte de "confortos" num lugar como esse? Só mesmo o mau gosto (unido à falta de bom senso) poderia produzir intervenções arquitetônicas dessa (des)natureza numa região em que (como prevê o zoneamento da Reserva da Juatinga) só deveria haver as moradias dos caiçaras que tradicionalmente habitam essa área de pesca artesanal.


As megaconstruções têm início, a matança começa, os donos dos projetos são avisados pelos órgãos ambientais, mas desafiam a lei. Daí entram os recursos, as obras continuam, são concluídas, e a coisa vai se arrastando na justiça... Passamos ao lado de uma construção assim. Ou melhor, caminhamos sobre o cemitério daquilo que um dia foi uma casa - e que casa! -, detonada por dinamite. O proprietário desmatou, recebeu aviso, ousou continuar e pagou caro por isso. Há, porém, outros maus exemplos de pé - e bastante visíveis - por ali, descaracterizando a paisagem, fomentando a especulação imobiliária e interferindo no equilíbrio de um santuário de beleza única e tão rica diversidade biológica.



o resto é mar


































quarta-feira, 10 de agosto de 2011

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

sábado, 6 de agosto de 2011

Praia do Cruzeiro, no Saco do Mamanguá

Só nossas barracas, a areia, o céu, a mata... e o mar...