sábado, 28 de junho de 2008

Os engenhos, ancestrais das usinas, tinham a sua cantiga, entoada dia e noite pelos escravos, durante a labuta.


Cantiga de engenho

Meu engenho é bangüê
Bangüê, bangüê, bangüê!
Meu engenho roda d’água
é danado pra moer!

Fornalheiro, fornalheiro,
Bote fogo na fornalha,
Que o engenho tá fumaçando,
Mas a tacha não trabalha!

Moendeiro, moendeiro,
Bote a roda pra correr,
Tome conta da moenda,
Bote cana pra moer!

Meu engenho é bangüê,
Bangüê, bangüê, bangüê,
Meu engenho roda d’água
É danado pra moer!

Seu mestre, segure o ponto,
Olhe o mel que está de vez,
Seu mestre não se descuide,
Não vá queimar outra vez!

O açúcar está pesado,
Ensacado pra vender,
Senhor de engenho na praça
Com dinheiro já se vê!

Meu engenho é bangüê,
Bangüê, bangüê, bangüê,
Meu engenho roda d’água
É danado pra moer!

Um comentário:

Joice Estarlino disse...

Que linda está música!Adorei!
Queria saber como é a melodia,para poder cantarolar de vez em quando.