O cheiro adstringente e marcante do junípero invade as narinas o dia todo e, para quem ligar o fruto da árvore à bebida, sugere um brinde com goles de gim.
A luz arde nos olhos nas horas quentes, refletida nas pedras claras. Olhar pra baixo dá vertigem, nos planos físico, espiritual e mental; dá calafrio e vontade de gritar, mas a voz não sai: um impressionante desfiladeiro, tão colorido quanto perigoso, hipnotiza e corta a fala. Não é possível: alguém coloriu aquelas pedras com pincel! De onde, então, saíram os vermelhos, os amarelos, marrons, cor de areia, os tons rosados; os lilases, quando escurece, e os azuis lá do fundo?
Presente do Rio Colorado, moldado por ele, para quem teve a boa sorte de gastar a vista naquelas montanhas infinitas, e para quem ainda terá.
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